30/1/2009 – Cidade
Por Sérgio Jardim, Jornal O Fluminense, Seção Cidades
A Secretaria Municipal de Saúde de Niterói lançou, na manhã de ontem, o Disque-Dengue. Durante a apresentação do projeto, o titular da pasta Alkamir Issa, ressaltou que o serviço será uma ferramenta poderosa de inteiração entre a população e o órgão.
“O serviço vai ser rápido. O combate à dengue deve começar na casa de cada um de nós. O telefone vai gerar uma facilidade grande para quem quiser fazer uma denúncia”, disse Issa.
O serviço começa a funcionar na segunda-feira, diariamente, das 7 às 19 horas. Agentes devidamente uniformizados e identificados, além de dois motociclistas, realizarão medidas preventivas; visitando casas, aplicando larvicida e inseticida e distribuindo folhetos e material educativo à população. Além disso, uma equipe estará de plantão para atender aos chamados da população.
O objetivo do serviço é receber denúncias sobre possíveis focos do Aedes aegypti, além de informar sobre o funcionamento dos postos de saúde. Segundo Alkamir Issa, a intenção é atender os chamados em, no máximo, 48 horas. Issa ressalta ainda que existem 276 pontos estratégicos na cidade que já são monitorados a cada 15 dias.
“Vamos preparar folders para divulgar o número do telefone. A comunicação eficaz será fundamental para o sucesso do trabalho”, frisou.
Também presente ao lançamento, o chefe do Centro de Controle de Zoonoses, Francisco Faria, confirmou que recebe cerca de 70 notificações de casos de infecções por mês, sendo que apenas três casos se confirmam.
“Esses números nos deixa em alerta. O trabalho contínuo continuará existindo. As pessoas não podem se descuidar e precisam estar sempre atentas com possíveis focos”, frisou Farias, que apontou a Zona Norte como a região mais crítica da cidade. “As áreas fronteiriças sempre geram problemas devido à grande circulação de pessoas”, completou.
O telefone do Disque-Dengue é 2621-0100. A secretaria informou ainda que as atendentes estarão preparadas para informar os postos de saúde disponíveis para quem precisar ter os primeiros socorros.
Fumacê – Alkamir Issa esclareceu o desaparecimento das ruas do tradicional carro do fumacê.
“Percebemos que a eficácia não era tão grande. O trabalho para acabar com o mosquito precisa ser feito onde ele se reproduz. As pessoas sempre me questionam o motivo da falta de circulação do carro. É um método de combate obsoleto”, explicou o secretário.
Detran amplia combate à doença
O Detran ampliará de 200 para 600 o número dos agentes na luta contra a dengue. Hoje, 400 médicos do quadro funcional do órgão e das 394 clínicas conveniadas receberão instruções sobre como agir como multiplicadores em seus contatos diários com as pessoas que têm de passar pelo exame médico obrigatório para tirar ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Eles se juntarão aos 200 funcionários já treinados pelo Detran para evitar focos de Aedes aegypti nos postos da instituição e instruir a população a agir da mesma forma.
Por orientação do presidente do Detran, Fernando Avelino, as instruções aos médicos em relação à moléstia serão ministradas durante o I Simpósio de Atualização Médica e Psicológica que a instituição estará promovendo, a partir das 9h de amanhã, em parceria com a Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio) e com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), no Auditório do Hospital dos Servidores do Estado (na Rua Sacadura Cabral, 178, 5º andar).
Entre os assuntos que serão abordados no encontro, estão as mudanças na formação do condutor promovidas pela Resolução 267, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que aumentou o número de horas de aulas práticas e teóricas para a primeira habilitação; a necessidade da construção de um trânsito seguro, por meio de campanhas educativas; os custos dos acidentes de trânsito para o país; o processo de formação do motorista portador de deficiência física; e a importância do serviço de psicologia para a formação do bom condutor.
O objetivo do simpósio é atualizar os profissionais do corpo médico permanente do Detran e os que trabalham nas clínicas credenciadas pela instituição. As clínicas estão obrigadas a enviar pelo menos um representante para participar do simpósio, cabendo a cada um deles, como primeira tarefa, levar e fixar no seu local de trabalho um adesivo com a frase “Aqui se luta contra a dengue.”
O encontro terá como palestrantes os médicos Flávio Emir Adura, presidente da Abramet; Alberto Sabbag, diretor da mesma entidade, Robismey Ferreira Avelar, diretor do Hospital São Sebastião, Maria Elizabeth Couto Natal, chefe da Perícia Médica do Detran, Ester Rosenburszt, chefe do Serviço de Psicologia do Detran, e Cristina Claudia Queiroga Rocha, especialista em Psicologia de Trânsito do Detran, além de Janete Bloise, coordenadora de Educação do Detran..