Na nossa reunião do dia 28 de abril, tivemos palestra voltada para a ênfase do mês: a saúde materno-infantil. Para tanto, convidamos o Dr. Alan Vieira, professor de Neonatologia da Faculdade de Medicina da UFF e chefe do Serviço de Neonatologia do Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói.
Focando sua fala na “ênfase nas repercussões peri-parto e neonatal“, Dr. Alan salientou que o recém-nascido, na verdade, sofre muito pouco com a covid. Entretanto, o vírus interfere na saúde da gestante, não somente pela pandemia em si, mas pelo distanciamento social e de estar longe, nesse momento, de toda a rede social que dá apoio às mulheres, principalmente, mães e avós.
Falou que a ciência ainda não descobriu um caminho para a cura, mas já encontrou algumas formas para diminuir a velocidade de transmissão do vírus na população. Apresentou as características clínicas da doença, seus diferentes estágios, bem como os grupos sociais mais vulneráveis, dentre os quais as gestantes e crianças até 5 anos de idade. Mesmo assim, salientou, poucos são os casos em crianças nessa faixa etária.
A transmissão da doença ocorre a partir de secreções respiratórias de pessoas infectadas. Por esse motivo, é importante o uso de máscaras e a proteção das mucosas, que é por onde o vírus penetra no organismo. Cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, também diminuem, sobremaneira, o risco de contágio.
O melhor exame para detecção de eventual presença do vírus é o PCR, a coleta de células na retro faringe com cotonete, diferente do exame rápido de sangue de sensibilidade muito baixa. A doença se apresenta em mulheres grávidas e não-grávidas de forma semelhante. No caso de estágio avançado de gravidez, o pulmão, por estar comprimido, poderá ser afetado de forma mais grave, o que, no entanto, ocorre somente em casos raros, se as mulheres não tomarem os devidos cuidados com a higiene, de eficácia já comprovada.
Também não se verificou, ainda, o contágio de bebês dentro do útero ou recém-nascidos, por meio do sangue ou do leite materno. Assim, o parto poderá ser normal, sem problema algum, sendo menos arriscado do que a cesariana. No caso de parturientes infectadas, aí sim, será preciso isolar o bebê da mãe, o que interfere no necessário vínculo entre os dois. A pergunta agora é: como fica a saúde mental da mãe nessa situação, sem a rede de apoio familiar?
Para as crianças pequenas, o distanciamento pode, do mesmo modo, afetar sua saúde mental, com o ensino à distância, a exposição prolongada à “tela” e a redução das atividades físicas. Dessa maneira, é necessário buscar alternativas criativas para tentar “driblar” essa situação.
O palestrante finalizou sua apresentação, salientando que ainda sabemos muito pouco sobre o vírus, mas o pouco deve ser utilizado com a máxima eficiência.
Após uma breve sessão de perguntas e respostas foi encerrada a reunião, com a entrega do diploma de agradecimento ao palestrante e o tradicional grito de guerra do nosso Clube.
Algumas mensagens do chat:
Luiz Antônio A. de Souza:
Excelente! De forma clara e didática!
Maria Luzia Borges Amaral Ramos:
Palestra maravilhosa!
Otoniel Santos Neto:
parabéns!
Shirley:
Parabéns pela Live!
Agradecemos pela presença:
(além dos citados acima)
- Ângela Cristina Ferreira de Siqueira
- Roberta Ribas
- Alice e Joelson
- Francisca Alves
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